Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever. - Clarice Lispector.
quinta-feira, 31 de março de 2011
Imperativo.
seja. ouça. diga. ame. grite. sinta. mude. faça. fale. dance. abrace. sorria. brigue. caia. levante. transforme. lembre. relembre. planeje. viaje. chore. desabafe. adore. odeie. use. crie. acredite. VIVA.
quarta-feira, 2 de março de 2011
e em três meses, tudo muda.
bom, as coisas mudam e a gente tem que se acostumar com isso. Por mais difícil que seja, por mais radical que seja essa mudança... você se acostuma. Hoje, fazem três meses que estou em Porto Velho - Rondônia , minha nova cidade e meu novo estado. É a minha primeira postagem estando aqui e eu tenho muita coisa pra falar. Pois bem, minha cabeça ainda está a mil e pode ser que eu não fale coisa com coisa.
São muitas coisas que mudam. São as pessoas com quem você convive, é uma casa, o número de celular, o jeito de falar, o jeito de ver as coisas...
Vou começar do começo, pra ficar mais claro.
Dia 1º de dezembro de 2010 eu saí de Ubajara e fui pra Fortaleza de ônibus. Em Fortaleza peguei um avião até Brasilia, em Brasilia outro avião até chegar em Porto Velho. Na viagem eu estava animada pra conhecer Porto Velho e um pouco trsite porque havia a possibilidade de eu não voltar pra Ubajara. Mas eu procurei pensar que seriam só FÉRIAS. Ao chegar em Porto Velho comecei a trabalhar em uma loja. Nos primeiros quinze dias eu sofri muito. Eu não gostava de ir pra lá, não gostava daqui, queria voltar pra minha casa. Dias depois minha familia resolveu ficar aqui. Eu queria, sabia que ia ser melhor pra todo mundo, sabia que essa era a hora mesmo de mudar... mas eu não queria, ou queria mas não estava preparada. Sempre quis sair de ubajara, mudar de escola e tal... mas como eu sabia que isso provavelmente não pudesse acontecer eu não me preparei psicologicamente. Mas aconteceu. Eu chorei muito, fiquei com um aperto no peito, me senti insegura... afinal eu estava longe de casa e sabia que eu não podia voltar caso sentisse saudade. ( confesso que estou quase chorando enquanto escrevo isso) Para mim , mudar assim seria como começar tudo de novo. Montar uma casa, fazer amigos, sentir que aqui é o meu lugar. E mudar é isso mesmo, começar tudo de novo. É dificil. É chato. Encomoda. É triste. No natal foi pior ainda, porque sempre toda a minha familia se juntava pra celebrar e eu estava aqui só com meus pais e minhas irmãs. Mas bem , pelo menos eu estava com eles e foi isso que me dez ver que tudo ia se encaixar. Mas calma, vou deixar isso pro final.
Um dia depois do natal, meus pais viajam ... para o Ceará. Eles foram resolver tudo por lá... documentos, casa, móveis e dar a noticia para a familia. Eu e minhas irmãs ficamos aqui, sozinhas... aí foi que me senti insegura mesmo. Mas , graças a Deus... nós fiezemos alguns amigos ( pessoas da nossa cidade que moram aqui) e eles não nos deixaram na mão de jeito nenhum. Saímos bastante, rimos bastante... e foi daí que comecei a gostar de verdade de Porto Velho. Eu estava me acostumando, e isso era bom. Mas é claro que as vezes batia a trsiteza e a saudade imensa dos meus pais, da minha familia e dos meus amigos. Alguns não merecem minha saudade , afinal sabiam das minhas circunstaancias e nem ligaram pra mim ... mas tudo bem , não é hora pra falar de amizade. é hora de falar sobre mim, sobre o que eu sinto. O reveillon foi péssimo, admito. Mas com o tempo as coisas melhoram.
Em janeiro eu continuei trabalhando, nao por obrigação... mas porque eu quis mesmo.
Eu já tinha me acostumado, eu estava gostando... eu conhecia todo mundo, todo mundo era legal comigo.
Mas ainda tava faltando alguma coisa, acho que era começarem minhas aulas. Mas em janeiro correu tudo bem, fui em vários lugares, várias festas, conheci algumas pessoas... meus pais voltaram... eu tava começando a me sentir um pouco feliz. Estava perto o começo das minhas aulas e eu comecei a me sentir estranha de novo. Eu estava com medo, afinal eu nunca fui novata em escolas... sempre fui a veterana legal que fazia amizade com os novatos... a veterana que conhecia e falava com todo mundo. Eu sabia fazer amizade com novatos, mas eu não sabia ser a novata .. esse era o meu problema. Faltando uma semana pra começarem as aulas me deu uma crise de sei lá o que.. sei que eu estava muito, muito frágil. Chorei muito, falei coisas que não devia... mas passou.
No dia 7 de fevereiro começaram minhas aulas, eu me senti como se eu fosse uma árvore no deserto.
Eu estava com a sensação que eu ia encontrar alguém que eu conhecia, mas era impossivel e eu sabia disso.
Eu fiquei um tempo sozinha com a Angélica... e uma mulher me apresentou algumas meninas que por sorte também eram do terceiro ano... eu fiquei tão feliz que não sei como não chorei... eu fiquei meio sem saber o que falar... mas aos poucos me soltei. Elas me acolheram supeer bem, as vezes eu me sentia uma estranha ali... mas elas sempre procuravam um lugar pra mim e eu sabia que eu era nova e não podia me meter em tudo assim de cara. Já se passaram quase quatro semanas e eu já me sinto bem melhor. Falo com quase todo mundo, se não com todo mundo... me sinto mais segura, como se já fizesse um tempão que estou lá.
Aunda falta alguma coisa, ou muitas coisas pra eu ficar na boa de verdade nessa nova vida... mas eu aprendi que tudo se encaixa com o tempo. A prendi a conviver com dúvidas e por fim delas, aprendi a ser mais compreensiva com meus pais... acho que estou até mais responsável.
Mas ainda tenho muito o que aprender. E eu só vou ter certeza mais aiinda do que aprendi e certeza do que eu quero pra mim (ficar aqui ou voltar pro ceará) quando eu for pra Ubajara, em janeiro.. passar férias.
Aí sim , vou ver se vale a pena.
Minha cabeça ainda está a mil, tenho escolhas pra fazer.... escolhas que podem decidir o meu futuro como profissional, estou com saudade de coisas que vivi, de pessoas que conheci, de amigos que eu tenho... não sei como que vai ser daqui pra frente... nos proximos meses, anos. Em ubajara eu sabia como tudo ia ser, como que o ano ia correr, preticamente o que ia acontecer. Porto Velho é um mistério pra mim ainda... aaah! Preciso decidir pra que vou prestar vestibular e pra onde eu quero ir.
Minha ficha de terceiro ano ainda não caiu, minha ficha de ser agora do estado de Rondônia ainda não caiu...
Porto Velho tem seus lados bons e seus lados ruins.
Cidade em desenvolvimento, capital que cresce rapido. Emprego, oportunidade. Mas ao mesmo tempo , uma cidade que não tem estrutura... uma cidade que cresce rápido mas não está preparada pra cresce. Precisa melhorar muito e é por isso que e bom ... porque pra melhorar precisam-se de profissionais para ajudar no crescimento e na organização (tudo bem, agora eu acho que enrolei tudo... mas creio que se pode entender).
Bom , o motivo que mais me fez sentir que ia ficar tudo bem e que aqui é o meu lugar foi pensar que não há nada melhor do que eu estar com a minha família. Nós estamos juntos, pra que maior felicidade? É o que basta, pelo menos para mim .
É isso, ainda estou em fase de adaptação... sei que ainda vou chorar muito, ainda vou sentir falta de muita coisa, de muita gente, ainda vou aprender muita coisa e que vou saber pra onde seguir daqui há algum tempo.
São muitas coisas que mudam. São as pessoas com quem você convive, é uma casa, o número de celular, o jeito de falar, o jeito de ver as coisas...
Vou começar do começo, pra ficar mais claro.
Dia 1º de dezembro de 2010 eu saí de Ubajara e fui pra Fortaleza de ônibus. Em Fortaleza peguei um avião até Brasilia, em Brasilia outro avião até chegar em Porto Velho. Na viagem eu estava animada pra conhecer Porto Velho e um pouco trsite porque havia a possibilidade de eu não voltar pra Ubajara. Mas eu procurei pensar que seriam só FÉRIAS. Ao chegar em Porto Velho comecei a trabalhar em uma loja. Nos primeiros quinze dias eu sofri muito. Eu não gostava de ir pra lá, não gostava daqui, queria voltar pra minha casa. Dias depois minha familia resolveu ficar aqui. Eu queria, sabia que ia ser melhor pra todo mundo, sabia que essa era a hora mesmo de mudar... mas eu não queria, ou queria mas não estava preparada. Sempre quis sair de ubajara, mudar de escola e tal... mas como eu sabia que isso provavelmente não pudesse acontecer eu não me preparei psicologicamente. Mas aconteceu. Eu chorei muito, fiquei com um aperto no peito, me senti insegura... afinal eu estava longe de casa e sabia que eu não podia voltar caso sentisse saudade. ( confesso que estou quase chorando enquanto escrevo isso) Para mim , mudar assim seria como começar tudo de novo. Montar uma casa, fazer amigos, sentir que aqui é o meu lugar. E mudar é isso mesmo, começar tudo de novo. É dificil. É chato. Encomoda. É triste. No natal foi pior ainda, porque sempre toda a minha familia se juntava pra celebrar e eu estava aqui só com meus pais e minhas irmãs. Mas bem , pelo menos eu estava com eles e foi isso que me dez ver que tudo ia se encaixar. Mas calma, vou deixar isso pro final.
Um dia depois do natal, meus pais viajam ... para o Ceará. Eles foram resolver tudo por lá... documentos, casa, móveis e dar a noticia para a familia. Eu e minhas irmãs ficamos aqui, sozinhas... aí foi que me senti insegura mesmo. Mas , graças a Deus... nós fiezemos alguns amigos ( pessoas da nossa cidade que moram aqui) e eles não nos deixaram na mão de jeito nenhum. Saímos bastante, rimos bastante... e foi daí que comecei a gostar de verdade de Porto Velho. Eu estava me acostumando, e isso era bom. Mas é claro que as vezes batia a trsiteza e a saudade imensa dos meus pais, da minha familia e dos meus amigos. Alguns não merecem minha saudade , afinal sabiam das minhas circunstaancias e nem ligaram pra mim ... mas tudo bem , não é hora pra falar de amizade. é hora de falar sobre mim, sobre o que eu sinto. O reveillon foi péssimo, admito. Mas com o tempo as coisas melhoram.
Em janeiro eu continuei trabalhando, nao por obrigação... mas porque eu quis mesmo.
Eu já tinha me acostumado, eu estava gostando... eu conhecia todo mundo, todo mundo era legal comigo.
Mas ainda tava faltando alguma coisa, acho que era começarem minhas aulas. Mas em janeiro correu tudo bem, fui em vários lugares, várias festas, conheci algumas pessoas... meus pais voltaram... eu tava começando a me sentir um pouco feliz. Estava perto o começo das minhas aulas e eu comecei a me sentir estranha de novo. Eu estava com medo, afinal eu nunca fui novata em escolas... sempre fui a veterana legal que fazia amizade com os novatos... a veterana que conhecia e falava com todo mundo. Eu sabia fazer amizade com novatos, mas eu não sabia ser a novata .. esse era o meu problema. Faltando uma semana pra começarem as aulas me deu uma crise de sei lá o que.. sei que eu estava muito, muito frágil. Chorei muito, falei coisas que não devia... mas passou.
No dia 7 de fevereiro começaram minhas aulas, eu me senti como se eu fosse uma árvore no deserto.
Eu estava com a sensação que eu ia encontrar alguém que eu conhecia, mas era impossivel e eu sabia disso.
Eu fiquei um tempo sozinha com a Angélica... e uma mulher me apresentou algumas meninas que por sorte também eram do terceiro ano... eu fiquei tão feliz que não sei como não chorei... eu fiquei meio sem saber o que falar... mas aos poucos me soltei. Elas me acolheram supeer bem, as vezes eu me sentia uma estranha ali... mas elas sempre procuravam um lugar pra mim e eu sabia que eu era nova e não podia me meter em tudo assim de cara. Já se passaram quase quatro semanas e eu já me sinto bem melhor. Falo com quase todo mundo, se não com todo mundo... me sinto mais segura, como se já fizesse um tempão que estou lá.
Aunda falta alguma coisa, ou muitas coisas pra eu ficar na boa de verdade nessa nova vida... mas eu aprendi que tudo se encaixa com o tempo. A prendi a conviver com dúvidas e por fim delas, aprendi a ser mais compreensiva com meus pais... acho que estou até mais responsável.
Mas ainda tenho muito o que aprender. E eu só vou ter certeza mais aiinda do que aprendi e certeza do que eu quero pra mim (ficar aqui ou voltar pro ceará) quando eu for pra Ubajara, em janeiro.. passar férias.
Aí sim , vou ver se vale a pena.
Minha cabeça ainda está a mil, tenho escolhas pra fazer.... escolhas que podem decidir o meu futuro como profissional, estou com saudade de coisas que vivi, de pessoas que conheci, de amigos que eu tenho... não sei como que vai ser daqui pra frente... nos proximos meses, anos. Em ubajara eu sabia como tudo ia ser, como que o ano ia correr, preticamente o que ia acontecer. Porto Velho é um mistério pra mim ainda... aaah! Preciso decidir pra que vou prestar vestibular e pra onde eu quero ir.
Minha ficha de terceiro ano ainda não caiu, minha ficha de ser agora do estado de Rondônia ainda não caiu...
Porto Velho tem seus lados bons e seus lados ruins.
Cidade em desenvolvimento, capital que cresce rapido. Emprego, oportunidade. Mas ao mesmo tempo , uma cidade que não tem estrutura... uma cidade que cresce rápido mas não está preparada pra cresce. Precisa melhorar muito e é por isso que e bom ... porque pra melhorar precisam-se de profissionais para ajudar no crescimento e na organização (tudo bem, agora eu acho que enrolei tudo... mas creio que se pode entender).
Bom , o motivo que mais me fez sentir que ia ficar tudo bem e que aqui é o meu lugar foi pensar que não há nada melhor do que eu estar com a minha família. Nós estamos juntos, pra que maior felicidade? É o que basta, pelo menos para mim .
É isso, ainda estou em fase de adaptação... sei que ainda vou chorar muito, ainda vou sentir falta de muita coisa, de muita gente, ainda vou aprender muita coisa e que vou saber pra onde seguir daqui há algum tempo.
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